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sábado, 28 de março de 2015

Eu odiava a simples ideia de algum dia virar católico

Eu odiava a simples ideia de algum dia virar católico
A história de um evangélico batista que encontrou a plenitude da fé no catolicismo

Anthony Baratta

No dia seguinte à quarta-feira de cinzas de 2012, eu liguei para a minha mãe do meu dormitório no Seminário Teológico Batista do Sul e contei a ela que estava pensando em me tornar católico.

"Você não vai se tornar católico, você só sabe que não é batista", disse ela.
"Não, mãe, eu acho que não é só isso".
Pausa. "Ah, meu Deus", ela suspirou.
Eu comecei a chorar.

Não tenho como enfatizar o suficiente o quanto eu odiava a simples ideia de algum dia virar católico. Fui reticente até o último instante. Poucos dias antes de abandonar a Igreja batista, eu cheguei a enviar um sermão para um concurso; estava decorando o Salmo 119 para me convencer da “sola scriptura”; marcava reuniões com professores para ouvir os melhores argumentos contrários ao catolicismo; lia livros protestantes sobre o catolicismo, de propósito, em vez de livros de autores católicos.

Além disso, eu sabia que ia perder o subsídio para moradia e teria que devolver o valor da bolsa se abandonasse o seminário, sem falar da decepção para a minha família, amigos e para a dedicada comunidade da igreja.

Mas quando eu tentava estudar, desabava na cama. Tudo o que eu queria era gritar com o livro: "Quem disse?".

Eu tinha vivido uma grande mudança de paradigma na minha maneira de pensar sobre a fé. E a questão da autoridade apostólica surgia mais forte do que nunca.

Mas vamos voltar alguns anos no tempo.

Eu cresci num lar protestante evangélico. Meu pai se tornou pastor quando eu estava na quarta série. Durante o ensino médio, eu me apaixonei por Jesus Cristo e pelo seu precioso Evangelho e decidi me tornar pastor também.

Foi nessa época que eu endureci a minha convicção de que a Igreja Católica Romana não seguia a Bíblia. Quando perguntei a um amigo pastor por que os católicos diziam que Maria permaneceu virgem depois do nascimento de Jesus, se a Bíblia diz claramente que Jesus teve "irmãos", ele simplesmente fez uma careta: "Porque eles não leem a Bíblia".

O livro “Don’t Waste Your Life” [Não desperdice a vida], de John Piper, me fez enxergar um chamamento ao trabalho missionário. Passei o verão seguinte evangelizando os católicos na Polônia.

Fiquei surpreso quando visitei os meus pais, depois disso, e encontrei um livro intitulado “Born Fundamentalist, Born Again Catholic” [Nascido fundamentalista, renascido católico] em cima da mesa do meu pai. Por que o meu pai estaria lendo uma coisa dessas? Fiquei curioso e, como não tinha trazido nada para ler em casa, dei uma olhada no livro.

As memórias de David Currie, que abandonou a sua formação e o seus ministérios evangélicos, foram desconfortáveis para mim. Sua defesa sem remorsos de doutrinas controversas sobre Maria e o papado eram chocantes; eu nunca tinha pensado seriamente que os católicos tivessem argumentos sensatos e embasados para defender essas crenças.

A presença do livro na mesa do meu pai foi explicada com mais detalhes alguns meses depois, quando ele me ligou e disse que estava retornando ao catolicismo da sua juventude. Minha resposta? "Mas você não pode simplesmente ser luterano ou algo assim?". Eu me senti traído, indignado e furioso. Nos meses seguintes, servi como pastor de jovens na minha igreja local e, nos tempos livres, lia sobre o porquê de o catolicismo estar errado.

Foi quando encontrei um artigo que falava de uma "crise de identidade evangélica". O autor pintava um retrato de jovens evangélicos crescendo num mundo pós-moderno, desejosos de encontrar as suas raízes na história e sedentos do testemunho motivador de quem permaneceu firme em Cristo durante épocas cambiantes e conturbadas. Mas, na minha experiência, a maioria das igrejas evangélicas não observava o calendário litúrgico, o credo dos Apóstolos nunca era mencionado, muitos cantos só foram escritos a partir de 1997 e, quando se contava algum relato sobre um herói da história da Igreja, invariavelmente se tratava de alguém posterior à Reforma. A maior parte da história cristã, portanto, passava em branco.Mas desta vez eu vi o crucifixo de modo diferente e comecei a chorar. "Jesus, meu Salvador sofredor, Tu estás aquiA paz tomou conta de mim até a terça-feira, quando a realidade me atropelou. Fico ou vou? Fiz vários telefonemas em pânico: "Eu literalmente não tenho ideia do que eu vou fazer amanhã de manhã".

Na quarta-feira de manhã, eu acordei, abri meu laptop e digitei "77 razões pelas quais estou deixando de ser evangélico". A lista incluía coisas como a “sola scriptura”, a justificação, a autoridade, a Eucaristia, a história, a beleza e a continuidade entre o Antigo e o Novo Testamento. Os títulos e os parágrafos fluíam dos meus dedos como a fúria das águas que explodem uma represa secular

Poucas horas depois, em 29 de fevereiro de 2012, eu saí de Louisville para evitar confundir mais alguém e esperando que eu próprio não estivesse cometendo um erro.

Os meses seguintes foram dolorosos. Mais do que qualquer outra coisa, eu me sentia envergonhado e na defensiva, indagando de mim mesmo como é que a minha identidade e o meu plano de carreira tinham se deixado abalar tão rapidamente. Mesmo assim, eu entrei para a Igreja no dia de Pentecostes com o apoio da minha família e comecei a procurar trabalho.

Muita coisa mudou desde então. Eu conheci Jackie no site CatholicMatch.com naquele mesmo junho. Casei com ela um ano depois e comemoramos o nascimento da nossa filha Evelyn em 3 de março de 2014. Vivemos agora no Estado de Indiana e eu estou feliz no meu novo trabalho.

Ainda sou novato nesta jornada católica. Para todos os que ainda se questionam, eu posso dizer que o meu relacionamento com Deus só tem se aprofundado e fortalecido. Enquanto vou me envolvendo com a paróquia, me vejo muito grato pelo amor à evangelização e à Bíblia que aprendi no protestantismo.

Não acho que eu tenha abandonado a minha fé anterior, mas sim que eu consegui preencher as suas lacunas. Hoje eu dou graças a Deus por ter recebido a plenitude da fé católica.

Fonte: Aleteia

video em ingles


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Jovem protestante que exibiu cartaz de acolhimento ao Papa Francisco na JMJ se converte à Fé Católica



Video abaixo com seu testemunho:

“Após um longo período de reflexão sobre minha vida e a vida da Igreja de Cristo aqui na terra, descobri a minha verdadeira Casa, minha verdadeira vocação”. Com essas palavras o jovem carioca Eduardo da Silva Campos, 19 anos, atualizou o ’status’ da sua religião para Católico Apostólico Romano no dia 03 de Dezembro de 2013.

O gesto de Eduardo aconteceu 135 dias após ter emocionado o mundo quando apareceu segurando um cartaz de acolhimento ao Papa Francisco durante a Missa de Envio da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em julho. Dizia a peça : “SANTO PADRE, SOU EVANGÉLICO MÁS EU TE AMO!! ORE POR MIM E PELO BRASIL! TUS ÉS PEDRO…”

Eduardo nasceu em uma família protestante, cresceu junto à Mocidade da Assembleia de Deus de sua cidade, umas das mais fortes denominações do meio evangélico. Assim como milhares de jovens, Eduardo sentiu o desejo de participar da JMJ RIO2013.

O encontro dos jovens com o Papa fez o jovem perceber a juventude da Igreja Católica, mesmo depois de 2000 anos de fundação. Foi nas areias de Copacabana que ele teve uma experiência forte com o amor de Deus, junto aos mais de 3 milhões de jovens, reconhecendo que existia um só Senhor, uma só fé, um só batismo.

Desde o mês de Julho, Eduardo aprofundou o discernimento que culminou em sua conversão à Fé Católica. O próximo passo de Eduardo é a preparação para receber os Sacramentos do Batismo, Eucaristia e Crisma e assim com o seu testemunho resgatar mais almas para o seio da Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

A história de Eduardo é apenas uma entre tantas de jovens e famílias que redescobrem a beleza da Fé Católica e retornam para sua prática.

Fonte: http://blog.opovo.com.br/ancoradouro/



ATUALIZADO
10.06.2014
Eduardo Campos, o jovem evangélico que surpreendeu todos na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), quando exibiu um cartaz no qual dizia ao Papa Francisco que o amava e lhe pedia que rezasse por ele e pelo Brasil, converteu-se ao catolicismo. No último domingo, festa de Pentecostes, ele recebeu o Batismo e a Primeira Comunhão.

Eduardo tem 19 anos e ficou conhecido em julho de 2013, quando apareceu na televisão com um cartaz que dizia: “Santo Padre, sou evangélico, mas eu te amo!! Ore por mim e pelo Brasil! Tu és Pedro”.

Depois dos intensos dias da JMJ, na qual mais de três milhões de jovens acompanharam o Santo Padre no Rio de Janeiro, Eduardo iniciou seu processo de conversão e, em dezembro, tomou a decisão de converter-se à fé católica.

No domingo passado, quase um ano após a JMJ, o jovem recebeu o Batismo e a Primeira Comunhão, acompanhado dos seus familiares e amigos, na Igreja Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz (RJ).

Sobre sua conversão, Eduardo conversou com o blog FabianoMartaTobias, no qual relata que, durante a JMJ, “O sentimento de felicidade me contagiou! A unidade da Igreja nos revela sua missão, de onde Ela vem e para onde Ela vai e quem Ela é”.

Após comentar que a renúncia de Bento XVI o questionou fortemente, meses antes da JMJ do Rio, o jovem contou que pede a Deus “que Ele me ilumine e mostre minha vocação, seja qual for. Eis-me aqui Senhor, fazei segundo a vossa vontade! Sou um humilde e simples operário na vinha do Senhor”.

Eduardo incentiva os católicos a estudar o Catecismo da Igreja, que “é fundada numa rocha inabalável. Cristo, Seu fundador permanece com Ela até hoje e permanecerá com Ela para sempre!”.

Ele também conta que está economizando dinheiro para ir à próxima JMJ, que será em Cracóvia (Polônia) em 2016, e convida os jovens a continuarem “firmes e fortes na Fé Católica. Estudem sempre sobre nossa Igreja. Conheça a vida dos Santos e Santas, dos mártires, dos doutores da Igreja. Conheça mais sobre a Cristandade, sobre as Sagradas Escrituras, sobre a Sagrada Tradição, sobre a Santa Missa. Façam o ide de Jesus que é de ‘fazer discípulos em todas as nações’”.

(Artigo publicado originalmente por Aciprensa)
FONTE: http://www.aleteia.org/pt/estilo-de-vida/artigo/jovem-famoso-pelo-seu-cartaz-na-jmj-se-converte-ao-catolicismo-6357021175578624

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O novo cura d’Ars da Marselha agnóstica multiplica os fiéis em um bairro islâmico

O novo cura d’Ars da Marselha agnóstica multiplica os fiéis em um bairro islâmico


Revolucionou a igreja francesa: pegou uma paróquia do centro de Marselha que ia ser fechada e agora não para de batizar adultos.

Javier Lozano/ReL.

“Trazer tantas almas para Deus quanto seja possível”. O padre Michel Marie Zanotti Sorkine levou a sério esta frase que se tornou o seu principal objetivo como sacerdote.

Assim o faz depois de ter transformado uma igreja que estava para ser encerrada e demolida na paróquia com mais vida de Marselha. Seu mérito é ainda maior pelo fato de o templo estar situado em um bairro com uma enorme presença de muçulmanos em uma cidade onde menos de 1% da população é católica praticante.

Era músico de sucesso
A chave para este sacerdote que anteriormente fora músico de sucesso em diversos cabarés de Paris e Montecarlo é a “presença”; tornar Deus presente no mundo de hoje. As portas de sua igreja estão todos os dias totalmente abertas e ele se veste com batina, porque “todos, cristãos ou não, têm o direito de ver um sacerdote fora da igreja”.

De 50 paroquianos por Missa a 700
Seu balanço é impressionante. Quando chegou em 2004 à paróquia de São Vicente de Paulo do centro de Marselha a igreja permanecia fechada durante a semana e a única missa dominical era celebrada na cripta. A esta missa compareciam apenas 50 pessoas.

Como ele próprio conta, a primeira coisa que fez foi abrir o templo todos os dias e celebrar no altar-mor. Agora a igreja permanece aberta quase o dia todo e faltam cadeiras extras para acomodar os fiéis. Mais de 700 todos os domingos, e o número é ainda maior nas grandes festas. Quase 200 adultos foram batizados desde que chegou, 34 nesta última Páscoa. Tornou-se um fenômeno de massas não apenas em Marselha, mas também em toda França, com reportagens da mídia de todo o país, atraída pela quantidade de conversões.

O novo cura d’Ars da Marselha agnóstica
Uma das principais iniciativas do padre Zanotti Sorkine para revitalizar a fé da paróquia e conseguir tal afluência de pessoas de todas as idades e condições é a confissão. Antes da abertura do templo, às 8 da manhã, já há pessoas esperando na porta para poder receber este sacramento ou para pedir conselhos a este sacerdote francês.

Como relatam seus paroquianos, o padre Michel Marie está boa parte do dia no confessionário, muitas vezes até depois das onze da noite. E se não estiver lá, pode ser encontrado vagando por seus corredores ou na sacristia, pois sabe da necessidade de que os sacerdotes estejam sempre visíveis e próximos para sair em socorro de todo aquele que necessitar.

A igreja sempre aberta
Outra característica sua bastante destacada é a de ter o templo permanentemente aberto. Isto gerou críticas por parte de sacerdotes de sua diocese, mas ele afirma que a missão da paróquia é “permitir e facilitar o encontro do homem com Deus” e o padre não pode ser um impedimento.

O templo deve favorecer o nexo com Deus
Em uma entrevista televisiva afirmava resolutamente que “se hoje em dia a igreja não está aberta é porque de certa maneira não temos nada a propor; que tudo que oferecemos acabou. Ao passo que enquanto a igreja está o dia inteiro aberta, as pessoas vêm. Praticamente nunca tivemos problemas com roubos. Há pessoas que rezam e garanto que esta igreja se transforma em um instrumento extraordinário que favorece o encontro entre a alma e Deus”.

Era a última oportunidade para salvar a paróquia
O bispo enviou-o a esta paróquia como última oportunidade para salvá-la e o padre levou bastante a sério a recomendação de abrir as portas. “Há cinco portas sempre abertas e assim todo mundo poder ver a beleza da casa de Deus”. 90.000 carros e milhares de transeuntes e turistas encontram a igreja aberta e com os sacerdotes às vistas. Este é o seu método: a presença de Deus e de seu povo no mundo secularizado.

A importância da liturgia e da limpeza
E aqui chegamos a outro ponto-chave para este sacerdote. Tendo acabado de chegar e com a ajuda de um grupo de leigos, renovou a paróquia, limpou-a e deixou-a resplandecente. Para ele este é outro motivo pelo qual as pessoas optam por voltar à igreja. “Como querer que alguém creia que Cristo vive em um lugar se não estiver tudo impecável? É impossível”.

Por isso, as toalhas do altar e do Sacrário têm um branco imaculado. “O detalhe é que faz a diferença. Com o trabalho bem feito, damo-nos conta do amor que manifestamos aos seres e às coisas”. E assegura de modo taxativo: “Creio que quando se penetra em uma igreja onde não está tudo impecável é impossível crer na Presença gloriosa de Jesus”.

A liturgia torna-se o ponto central de seu ministério e muitas pessoas foram atraídas a esta igreja pela riqueza da Eucarística. “Esta é a beleza que conduz a Deus”, afirma.

As missas estão sempre cheias e nelas há procissões solenes, incenso, cânticos cuidados... Tudo feito detalhadamente. “Tenho um cuidado especial na celebração da Missa para mostrar o significado do sacrifício eucarístico e a realidade da Presença”. “Não se concebe a vida espiritual sem a adoração do Santíssimo Sacramento e sem um ardente amor por Maria”, razão pela qual introduziu a adoração e a récita diária do Rosário dirigida por estudantes e jovens.

Seus sermões são também bastante esperados. Aliás, seus paroquianos têm acesso a eles através da internet. Neles o padre sempre chama à conversão, pela salvação do homem. Em sua opinião, a falta desta mensagem na Igreja de hoje “é talvez uma das principais causas da indiferença religiosa que vivemos no mundo contemporâneo”. Antes de tudo deve-se ter clareza na mensagem evangélica. Por isso adverte-nos contra a frase tão batida que diz “todos vamos para o Céu”. Esta é para ele “outra canção que pode nos enganar”, pois se deve lutar, começando pelo sacerdote, para se chegar ao Paraíso.

O cura de batina
Se existe algo que distingue este alto sacerdote em um bairro de maioria muçulmana, é a sua batina, que sempre veste, e o rosário entre as mãos. Para ele é essencial que o padre possa ser distinguido entre as pessoas. “Todos os homens, começando por aquele que cruza o umbral da igreja, têm o direito de se reunir com um sacerdote. O serviço que oferecemos é tão essencial para a salvação que nossa visão deve tornar-se tangível e eficaz para permitir esta reunião”.

Deste modo, para o padre Michel, o sacerdote o é 24 horas por dia. “O serviço deve ser permanente. Que pensaria você de um marido que, em seu caminho para o escritório pela manhã, tirasse sua aliança?”.

Neste aspecto é muito insistente: “quanto àqueles que dizem que o hábito cria distância, deve-se dizer que não conhecem o coração dos pobres, para os quais, o que se vê diz mais que o que se diz”.

Por último recorda um detalhe importante. A primeira coisa que os regimes comunistas faziam era eliminar o hábito eclesiástico, sabendo da importância da comunicação da fé. “Isto merece a atenção da igreja da França”, afirma.

No entanto, sua missão não é desenvolvida unicamente no interior do templo, pois ele também é um personagem conhecido em todo o bairro, até mesmo pelos muçulmanos. Toma café da manhã nos cafés do bairro; ali fala e se reúne com os fiéis e com as pessoas não praticantes. Chama-o de sua pequena capela. Assim conseguiu que muitos vizinhos sejam agora assíduos da paróquia e transformaram esta igreja de São Vicente de Paulo em uma paróquia totalmente ressuscitada.

Uma vida peculiar: cantor de cabarés
A vida do padre Michel Marie sempre esteve em movimento. Nasceu em 1959 e tem raízes russas, italianas e corsas. Aos 13 anos perdeu sua mãe, o que lhe causou uma “ruptura devastadora” e o fez unir-se ainda mais à Virgem Maria.

Por ter um grande talento musical, compensou a perda de sua mãe com a música. Em 1977, após ser convidado a tocar no café Paris de Montecarlo, mudou para a capital onde começou sua carreira de compositor e músico de cabarés. Todavia a chamada de Deus era mais forte e em 1988 entrou para a ordem dominicana por causa de sua devoção a São Domingos. Esteve com eles por quatro anos, quando, diante do fascínio por São Maximiliano Kolbe, passou para a ordem franciscana, onde também permaneceu por quatro anos.

Foi em 1999 que foi ordenado sacerdote para a diocese de Marselha com quase quarenta anos. Além de músico, agora dedicado a Deus, também é escritor de sucesso, com seis livros publicados, e poeta.

Tradução: William Bottazzini
Texto original: http://www.religionenlibertad.com/articulo.asp?idarticulo=25434.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Fé de jovens católicos surpreende jornais americanos

Fé de jovens católicos surpreende jornais americanos



A imprensa americana teve de ceder. Diante da estrondosa demonstração de fé e civilidade dos milhares de jovens que participaram da recente "Marcha pela Vida" - considerada a maior de toda a história dos EUA - os jornais do país não tiverem outra alternativa, senão reconhecer a ascensão da Igreja Católica no meio da juventude. Um duro golpe para o establishmentesquerdista e anti-cristão que trabalhou durante anos para perverter o senso crítico das gerações mais jovens e que agora é obrigado a assistir a desastrosa derrocada de suas pretensões.

A confirmação vem por meio de um artigo do professor de Ciência Política da Universidade Michigan, Michael J. New, publicado na versão eletrônica da revista National Review. Comentando a cobertura da mídia dada à Marcha pela Vida, o professor descreve a preocupação do movimento abortista em relação à falta de jovens interessados pelo assunto. "Com poucas exceções, a grande mídia parece estar muito pessimista em relação ao movimento pró-escolha", afirmou New.

Apesar da alegria dos abortistas pela eleição de Obama, Michael New declara que isso não foi o suficiente para acabar com o negativismo quanto à causa do aborto. Citando matérias publicadas pelos jornais The New York Times e The Washington Post, o cientista político ressalta que mesmo a famosa feminista Nancy Keenan desabafou, recentemente, seu temor quanto ao futuro dos grupos pró-aborto.


Na mesma linha, a editora do site altcatholicah.com, Ashley McGuire, fez interessantes declarações sobre o crescimento da juventude católica, num artigo publicado no reconhecido jornal esquerdista, The Washington Post. Surpreendida com a quantidade de jovens presentes em algumas Missas que frequentara e em palestras de notáveis conservadores, Ashley McGuire explicou que a adesão desses novos jovens à fé católica não é simplesmente uma moda, mas sim um 'Grande Despertar Católico', "é o renascer da ortodoxia católica no meio dos jovens na Igreja Católica".

Ashley McGuire, 26 anos, é uma jovem escritora que se convertou ao catolicismo há apenas cinco anos. Desde então, a moça tem trabalhado intensamente através de seu blog,altcatholicah.com - um site de cunho conservador dedicado especialmente às mulheres - para tornar mais conhecida e atrativa a doutrina da Igreja quanto à "paternidade responsável". McGuire conta que sua paixão pela Igreja Católica tornou-se maior quando ela finalmente percebeu que os ensinamentos católicos eram os únicos realmente sólidos e com bases milenares. "Alguns católicos, como eu, nos convertemos do protestantismo, ao perceber que a única instituição no mundo que se manteve firme através dos milênios nos assuntos mais importantes da época foi a Igreja Católica", declarou McGuire.

McGuire atribui esse despertar católico no meio da juventude ao sufocamento das gerações anteriores pelas teses liberais e promíscuas. "Nós nascemos num mundo em que milhões de bebês eram abortados a cada ano, onde incontáveis outras crianças que não nasceram estão congeladas em laboratórios para experiências, onde se fala que o gênero é uma opção e que o casamento é amorfo e solúvel. Herdamos o inferno na terra. E achamos que era demais.", frisou a jovem, que também faz parte da Catholic Association nos Estados Unidos.


Ashley McGuire ressalta em seu artigo que a nova geração de jovens católicos também é extremamente solícita e aberta às orientações do Papa Bento XVI. Além disso, os novos seminaristas e religiosas estão cada vez mais interessados nas práticas tradicionais da fé católica ao passo que, enquanto notáveis conventos progressistas estão definhando, as vocações dos institutos conservadores nunca cresceram tanto como agora. "Nós queremos menos oba-oba e mais Panis Angelicus", resume a jovem. Sobre a juventude que participou da Marcha pela Vida, Macguire observa que a grande mensagem deles na verdade era esta:"Tome nota. Nós somos o futuro. E nós estamos pegando fogo por Jesus Cristo e por sua Igreja".

Testemunhos como esse de Ashley McGuire, a Marcha pela Vida realizada nos Estados Unidos e tantos outros movimentos jovens da Igreja, sobretudo a Jornada Mundial da Juventude, nos dão um alento de esperança e coragem quanto às próximas gerações. E mostram que, mesmo com movimentos contrários, a Igreja Católica vive e tem futuro. Além disso, está disposta a corresponder ao chamado de Jesus Cristo, Aquele que veio para "lançar fogo no mundo" (Lc 12, 49). Dizia o escritor G.K. Chesterton que "somente a ortodoxia católica faz o homem feliz: é como os muros postos ao redor de um precipício onde pode brincar uma porção de crianças". Os jovens, finalmente, começaram a descobrir esses muros.

Fonte:http://padrepauloricardo.org

quarta-feira, 23 de março de 2011

O que está trazendo tantos católicos para casa? 2 parte


O que está trazendo tantos católicos para casa? 2 parte

Quando Deus escolhe uma metodologia para trazer de volta para a igreja os católicos afastados, Ele certamente escolhe espalhar o sucesso de um país a outro.

Isso parece ser o plano DEle com a campanha iniciada por Tom Peterson, um executivo de publicidade norte Americano, que colocou sua experiência e especialidade a serviço da igreja através da criação da campanha e site “Católicos, voltem para casa”

A Zenit fala sobre o futuro da campanha com o fundador e presidente durante sua recente visita a Roma para participar de uma conferencia: “Se comunicando com a igreja: Identidade e Diálogo” na Pontifícia Universidade de Santa Cruz.

Zenit: Que tipo de bons frutos estão nascendo com essa viagem particular para Roma, em que você foi inundado por solicitações de entrevistas e está em contato com muitos comunicadores internacionais da igreja? Você sente que talvez agora sua iniciativa o tenha levado a um novo papel de mostrar de uma forma muito simples e emocional a face positiva da igreja no meio de todas as conotações negativas e toda a publicidade que está ai fora hoje em dia?

Peterson: A Sagrada escritura, nas palavras de Jesus, é a “boa nova”. Em nossas viagens de fé, nosso amado Pai do Céu, Jesus e o Espírito Santo nos deu as boas novas. Mas o mundo secular quer nos dizer uma história diferente, o mal nos quer depressivos, nos quer focando na negatividade, não quer que vejamos a luz no fim do túnel, temos de viver no escuro. O que acho que aprendi nestas viagens é que há muita boa nova para dividir, e enquanto a imprensa secular, a mídia e as forças do mal do mundo querem nos derrubar focando em pessoas que não vivem como Cristo vivia, nós, como corpo de Cristo, como católicos batizados, devemos dividir a boa nova com o mundo. Quando fazemos isso, milagres acontecem, e corações mudam.

Tem um ditado: “A distância mais longa no mundo é de 18 centímetros entre a mente de alguém e o coração de alguém”. Quando vim a essa conferência eu estava me sentindo envergonhado porque muitos professores do mundo todo estavam se apresentando – mentes brilhantes de academia. Me senti movido a chegar aqui com uma mensagem muito simples: “Deus te ama”. E para comunicar isso, existem muitas formas criativas em que podemos tocar as pessoas no público geral com uma simples mensagem. Devemos imitar Jesus que saiu dos templos e foi onde as pessoas estavam. E onde elas estão? Estão assistindo televisão, usando a internet. Através dos meios modernos de comunicação de massa, podemos trazer esse evangelho, essa boa nova de Jesus um mundo que precisa, de esperança e cura. Quando fizermos isso, veremos grandes frutos.

Maravilhosamente, as pessoas têm se aproximado de mim em países como Espanha e Alemanha e outros ao redor do mundo e têm dito: “Amaríamos isso em nossa comunidade, você traria para o nosso país?” E me sinto muito abençoado pelo fato de que eles gostariam de ver isso em sua língua nativa, em português, espanhol, Frances, italiano e muito mais, e gostaríamos de atender a todos. Obviamente temos uma equipe pequena e uma capacidade limitada para tal, mas Deus vai fornecer se for vontade Dele meios para expandimos, e o que temos aprendido nos Estados Unidos um ótimo modelo para que nós agora possamos mudar culturalmente e assim cairemos em solos mais férteis, fazendo dublagens em línguas nativas em comunidades específicas, trocando algumas das cenas que são muito a cara dos Estados Unidos por coisas mais apelativas a cada país.

Por exemplo, os bons companheiros da Austrália gostariam que nós mostrássemos mais Santa Mary MacKillop, a nova santa patrona, e a imagem do Papa João Paulo II segurando um urso Coala, etc...imagens que na Austrália iriam abranger mais e fazê-los dizer: “Essa é a minha família a igreja”. Então existem cenas que podemos modificar para que a mensagem caia em solos mais férteis em varias comunidades.

Zenit: Qual é o futuro dos “Católicos, voltem para casa?”

Peterson: Nós atualizamos nosso web site desde dezembro, então está mais interativo, mais sincero. Estamos utilizando uma tecnologia de web 2.0, que faz a navegação ser mais amigavel, temos mais instrutores das principais questões morais e sociais do nosso dia-a-dia que as pessoas estão procurando saber, como informações de infertilidade, contracepções, aborto e vida, matrimonio e família, anulações. Como resultado da melhoria do site em dezembro, o nosso tráfego aumentou e as pessoas estão demorando seis minutos ou mais por lá, vendo mais de quatro paginas, o triplo do que era o mês anterior da mudança.

O que fazemos é pegar a mesma estratégia e mesma tecnologia do catholicscomehome.org e vamos fazer o mesmo com o www.catolicosregresen.org, e colocar tudo em espanhol e em diferentes dialetos apropriados para todos os países. Como um exemplo, nos Estados Unidos, em nosso “épico” temos uma cena da Quarta-feira de Cinzas e uma cena de nossa senhora de Guadalupe. Os testemunhos em espanhol falam sobre Nossa Senhora nos chamando constantemente para a casa de seu Filho. Eles usam termos como “família” nestes depoimentos. Um senhor hispânico fala sobre como ele era um profissional de um time de beisebol e trabalhava aos domingos, e como ele usava isso como desculpa para não ir a missas.

Nossos comerciais em inglês, espanhol e polonês gravados em Chicago – nosso épico em polonês também vai ao ar na PolSat (segunda maior televisão da Polônia) – foi feito com a benção do cardeal George da arquidiocese de Chicago. Descobrimos que milhões de pessoas na Polônia assistiam os anúncios da “Católicos, voltem para casa” em polonês durante o advento e o feriado de natal , desde que o sinal da PolSat começou a transmitir para a Polônia via satélite. Um amigo meu e do meu pároco estava visitando a família na Polônia e viu esses anúncios na televisão de lá. Então o Espírito santo nos levou para a mídia internacional antes de que planejássemos isso. Foi um benefício lateral, um presente de Deus.

Zenit: O que aprendeu ao embarcar nessa aventura santa?

Peterson: O principal que aprendi é que existe muita beleza escondida no mundo. Como católicos, somos presenteados com dons do Espírito Santo através dos santos sacramentos do batismo e confirmação, recebemos Jesus na Eucaristia, mas muitas vezes a mídia nos leva para longe. Deus tem um propósito e um plano para nossas vidas. Nós temos uma função unica como corpo de Cristo. Quando dizemos “Sim” para Deus e para fazer sua vontade em uma vida sacramental, as escamas caem dos nossos olhos, da mesma forma que Ele fez com São Paulo, e o mundo novo que estava escondido vêm para a vida. É uma aventura cheia de cor, paz e alegria. O que perdemos levando uma vida como católicos de meio expediente se tornou aparente para nós – agora podemos ver porque os outros têm alegria. Se dermos somente um passo em direção a Deus e nos virarmos a Ele como filhos pródigos, o Amado Pai vêm correndo até nós, e nos enche de graças.

Então eu encorajo todo mundo a dizer “Sim” para Deus, a tomar parte deste maravilhoso sacramento de reconciliação e a começar a ler a bíblia, para suplicar a Deus que os deixe chegar perto Dele. Deus vai honrar suas orações e você terá uma aventura, você terá um propósito um chamado em sua vida, vai descobrir um novo mundo de esperança e paz com Jesus.

Tradução: Thais Silfer
Revisão: Cezar Martins Fiorio

terça-feira, 15 de março de 2011

O que está trazendo tantos católicos para casa? 1 parte

O que está trazendo tantos católicos para casa?

Entrevista com o fundador da campanha, Tom Peterson.

Por Andrea Kirk Assaf

Roma, 4 de maio de 2010 (Zenit)

Parte 1


Começou como uma simples conversão, um momento em que a alma abre-se para a misericórdia e a graça de Deus. A partir daí, o Espírito Santo, trabalhando através desta alma e dos talentos particulares dados por Deus, tem multiplicado e ricocheteado essa mensagem de conversão ao redor do mundo através de um apostolado na Nova Evangelização, trazendo centenas de milhares de católicos afastados e até não católicos, de volta para Roma.

A alma em questão é a de Tom Peterson, um ex-executivo de publicidade norte americano que colocou seus conhecimentos e experiência à serviço da Igreja com a criação de anúncios e de uma web site: “Católicos, voltem para casa!!!”

A Zenit conversou sobre o passado, presente e o futuro desta campanha com o fundador e presidente durante sua recente visita a Roma para participar de uma conferencia: “Se comunicando com a igreja: Identidade e Diálogo” na Pontifícia Universidade de Santa Cruz.

Zenit: Como o Espírito Santo te inspirou a começar este apostolado?

Peterson: Eu fui a um retiro há 13 anos que mudou minha vida, e em frente à Eucaristia eu conheci o Deus do universo. Eu o conheci antes, mas por causa das distrações do mundo secular, eu comecei a me focar nos trabalhos e em adquirir mais coisas. Através da misericórdia e graça de Deus ele me convidou a me entregar neste retiro e eu disse Sim e minha vida inteira mudou.

Então eu tive uma profunda experiência em frente à Eucaristia, como a conversão de Saulo para Paulo. Eu nunca tinha perdido uma missa antes, mas eu nunca prestava muita atenção. Eu pensava no trabalho, ás vezes no que eu iria almoçar, eu saía do estacionamento e vivia numa zona cinzenta, em um mundo secular de segunda a sábado, e então ia por uma hora á igreja no domingo.

Eu vivia em vida morna. E, quando cresci na fé, percebi o quanto eu ainda tinha de aprender.

Zenit: Depois disso foi um processo lento de mudança ou as coisas aconteceram rapidamente?

Peterson: Obviamente o Bom Pastor está sempre olhando por nós, nos direcionando, então as coisas aconteceram antes e depois do retiro. Mas tudo começou a acelerar depois do retiro, quando eu disse: “OK Senhor, eu quero fazer a Tua vontade, o que o Senhor quer de mim?” O primeiro desejo foi me aproximar dos sacramentos, com confissão frequente, Eucaristia frequente, e comecei a ler a Bíblia. Comecei a ir à missa diariamente, e pedi a Deus para servir. Uns meses depois eu tive dois sonhos: um foi sobre um bebezinho que era colocado em uma mala e sufocado por um travesseiro, e eu ficava removendo os braços que empurravam o travesseiro e abençoando a criança com o sinal da cruz. O segundo sonho foi em que eu produzia algum tipo de anuncio de evangelização católico. Os dois sonhos na verdade se tornaram reais: Virtue Media, o nosso apostolado pró-vida, nasceu após esta tarde em que Deus me chamou para isso, para proteger os bebês e as famílias pela santidade da vida produzindo comerciais de televisão que iriam ao ar em todo o país, e em muitos casos até em outros países no mundo, ajudando garotas grávidas e famílias pós-abortivas, e ensinando a santidade da vida. Chamamos este apostolado de virtuemedia.org

O Segundo sonho se tornou realidade quando a Diocese de Phoenix me chamou de volta em 1997 e disseram: ”O Santo Papa João Paulo II, para a Nova evangelização, gostaria de convidar os católicos inativos a voltarem para casa para o Jubileu, você nos ajudaria? ”Eu disse, “com certeza”, esse foi o cumprimento do meu sonho, e esse foi o chamado que tive no meu retiro, para usar os talentos que Deus me deu, não para meu próprio beneficio, mas sim para a Igreja.
Então eu disse, “Sim, com certeza”, e fizemos uma versão bem simplista do “Católicos, voltem para casa”, em 1997. Conseguimos um espaço na igreja por duas semanas e meia na Diocese de Phoenix e, miraculosamente, 3.000 pessoas voltaram para a Igreja. Eu calculei o quanto investimos e disse: “Ei, são U$10 por alma. Esse é um retorno incrível de investimento. ”Esse programa de uma hora há anos atrás foi refeito e se tornou um apostolado em tempo integral, fiel ao magistério da Igreja. Temos um excelente conselho de assessores, muitos clérigos, consultores de negócios, teólogos leigos, autores católicos notórios, palestrantes que nos deram conselhos e se certificaram que o nosso comercial soasse como ensinamentos.
Então fizemos os comerciais novamente, sob a nova forma de comerciais épicos, mostrando a universalidade da igreja ao redor do mundo, comerciais como “filmes”, em que as pessoas são levadas a um profundo relacionamento com Jesus e falando de sua divina misericórdia, testemunhos de pessoas que deixaram a igreja por varias razões e voltaram pra casa, e como, miraculosamente, os resultados eram cada vez mais cheios de graça. Fomos em 12 arquidioceses e dioceses nos Estados Unidos – Chicago, Seattle, de volta a Phoenix novamente – e enquanto ainda estamos trabalhando com dioceses para calcular as estatísticas finais, parece que mais ou menos 200.000 pessoas voltaram para sua fé ou se converteram, o que é uma grande benção, e a maioria das dioceses, com base nas estatísticas iniciais, tiveram um crescimento de 11%.

Zenit: Vocês coletam todas as estatísticas de retorno ou da formação de novos católicos influenciados pelos anúncios nessas dioceses?

Peterson: As dioceses fazem este trabalho, e às vezes eles chamam estatísticos para mostrarem se suas análises estão corretas. Eles olham os dados do censo, normalmente coletados das missas de outubro, e comparam com as contas da iniciativa “Católicos, voltem para casa”, então eles olham a diferença, depois de administrar o que talvez possa afetar os números. Então em Phoenix tivemos um crescimento de 12%; no Corpus Christi, 17,5% Até agora a média parece ter sido de 11% ao redor do país mostrando que não somente os católicos inativos voltaram a sua fé, mas para a nossa surpresa, não-católicos, protestantes e assim por diante, estão se convertendo para nossa fé depois de terem visto os anúncios, visitando o website e sendo tocados pelo Espírito Santo. Um jovem chamado Harrison estava inscrito em uma universidade protestante, mas já não sentia que sua fé estava profunda o suficiente, quando ele foi ao site “Católicos, voltem para casa” disse: “Isso é exatamente o que estava procurando”. Há um ano ele se converteu ao catolicismo, e agora está inscrito na Universidade Católica Ave Maria, na Flórida.

Uma outra história maravilhosa foi a de um homem chamado Adrian, do Colorado. Ele nasceu católico mas não se aprofundou na fé. Ele deixou essa fé e se tornou ateu, junto a sua esposa e seus filhos. Quando entrou no site “Católicos, voltem para casa”, e viu o anuncio épico que mostrava uma história linda e espiritual de todas as realizações da Igreja, as coisas fizeram sentido para ele. Quando ele ouviu: “Nós somos católicos, bem vindo de volta pra casa”, ele disse, “Senti como se o Espírito Santo tivesse me tocado, e eu tinha que conhecer mais”. Há um ano atrás ele voltou pra casa Católica com sua esposa e filhos e eles foram recebidos na Páscoa de 2010. Ele disse : “Eu costumava falar para as pessoas saírem da igreja, agora estou ensinando a fé católica para as pessoas e as trazendo de volta para a igreja”.

Zenit: Como pode um ateu olhar a “Católicos, voltem para casa”?

Peterson: Tentamos descobrir o porquê de estar no Colorado, mas não pensamos em nenhuma comunidade particular, então, obviamente através do Espírito Santo, enquanto surfava na internet ou enquanto ele estava em um restaurante e passou o comercial na TV. Não temos certeza, mas obviamente foi uma obra do espírito santo e não diretamente trabalho nosso, porque ele nos encontrou ao invés de nós encontrarmos ele.


Zenit: Vocês também vão ao ar em canais seculares?
Peterson: Em todo o tempo, de fato a maioria das vezes estamos no ar em canais seculares. Nossas estatísticas mostram que mais ou menos 1 milhão de pessoas de 80 nações diferentes viram o anuncio através do site, alguns até no Oriente Médio. Normalmente esperamos pessoas da Itália e Irlanda nos assistirem porque eles ao menos são conhecidos como países católicos, mas quando pessoas do Qatar ou outro país que não é tradicionalmente católico nos assiste, parece um milagre. Então é assim que a internet funciona, como uma mensagem viral indo pelo mundo inteiro onde um amigo ou membro da família talvez tenha visto ou ouvido algo sobre um email e quem sabe isso se difunda dessa maneira, ou através de vários mecanismos de busca na internet, ou facebook, mídia social, blogs, as pessoas acabam tropeçando na gente.

Mas a grande maioria das pessoas que ouvem a mensagem de esperança e redenção no amor de Jesus por eles os vê no canal secular. Nós normalmente colocamos no ar os anúncios por seis meses em determinada diocese, de forma pesada para que a média de pessoas assistam duas ou três vezes ao dia. Temos 25 anúncios diferentes, com vários testemunhos, temos o “filme” e o “épico” em diferentes tamanhos e diferentes línguas. Tipicamente, do advento, passando pelo final do ano, ano novo até a quaresma, colocamos no ar esses anúncios várias vezes. Noventa por cento das pessoas na área de cobertura da televisão assistem aos anúncios duas ou três vezes por dia e quando a campanha acaba tem muito burburinho na mídia secular, muitas discussões em bares e salões de beleza, no trabalho, todo mundo viu os anúncios e estão falando deles. Protestantes, católicos, ex-católicos, muçulmanos, judeus, mídia secular... isso abre um dialogo positivo.

De forma maravilhosa, rodamos os testes antes dos anúncios irem ao ar em nosso grupo de pessoas que será nossa amostra, foi demostrado que as pessoas com frequência vinham ao grupo de estudos com uma impressão negativa sobre o catolicismo e a igreja católica, sendo eles protestantes, ex-católicos, ou mesmo católicos praticantes, e pessoas sem fé...mas depois de verem o comercial uma vez, 76% dos pesquisados pelo grupo de foco diziam: “Eu acho que é uma mensagem muito positiva, gostei muito”. Esses dados são uma aprovação muito forte, e as empresas de Hollywood que se especializaram em testes para trailers de filmes e introdução de produção nos disseram: “Vocês tem um sucesso, pegaram o tigre pela cauda, então lancem isso”. Tivemos mais algumas perguntas de acompanhamento , que são provavelmente mais importantes: “Agora que você viu os anúncios, você consideraria voltar para a igreja?” – se eles fossem católicos afastados, e se fossem não-católicos, protestantes, ou quem sabe, agnósticos: “Você consideraria olhar para a fé católica? Miraculosamente 53% de ambos os grupos disseram sim, eu levaria isso em consideração.
Então, estamos aprendendo muito com essa comunicação, de forma profissional, usando os dons dados por Deus, e os nossos primeiros frutos, da mesma maneira os anunciantes seculares colocaram uma mensagem para o mundo , “Podemos fazer o trabalho de Deus pela Nova Evangelização que o Papa João Paulo II tanto falou”. Ele chamou os leigos através da Encíclica “Christi Fidelis Laici" para viver e servir à igreja em nossas ocupações. Quando combinamos conhecimento e experiência com os talentos que Deus nos deu , no mundo secular com a fé e a oração guiada pelo Santo Espírito, os frutos nascem como milagres, como esse apostolado e seus resultados.

Tradução: Thais Silfer
Revisão: Cezar Martins Fiorio