A Igreja Greco-Católica Ucraniana, o maior rito oriental do mundo, foi severamente perseguida e quase aniquilada pelo comunismo. Nesta sociedade completamente ateia, o único veículo da fé era a família. E foi assim que a Igreja sobreviveu, em segredo, como nas “catacumbas” dos primeiros cristãos. Dom Sviatoslav Shevchuk, antigo administrador apostólico da eparquia ucraniana em Buenos Aires e hoje Arcebispo-Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana, dá seu testemunho - ele mesmo estudou num seminário clandestino - e partilha o testemunho dos padres que foram presos e torturados e da ressurreição dessa Igreja, apesar das feridas deixadas pelo sistema. Sua mensagem é sobre a coragem de ser cristão nos dias de hoje e sobre o paradoxo da liberdade: “Aquelas pessoas que eram realmente cristãs, até mesmo na prisão, eram livres! No momento somos politicamente livres, mas frequentemente sentimos uma falta da liberdade interior”.
comentários: facebook, Orientale Lumen
Ucrânia: A Mãe de Deus destruiu o Império Soviético do Mal from Ajuda à Igreja que Sofre on Vimeo.
"Onde está Cristo Jesus, aí está a Igreja Católica" S. Inácio de Antioquia (35 - 110 d.C.)
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Ucrânia: Exemplo de coragem dos Cristãos de hoje!
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quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Arcebispo Fulton J. Sheen: Se eu não fosse Católico…
Se eu não fosse Católico e estivesse procurando a verdadeira Igreja no mundo de hoje, eu iria em busca da única Igreja que não se dá muito bem com o mundo. Em outras palavras, eu procuraria uma Igreja que o mundo odiasse. Minha razão para fazer isso seria que, se Cristo ainda está presente em qualquer uma das igrejas do mundo de hoje, Ele ainda deve ser odiado como o era quando estava na terra, vivendo na carne.
Se você tiver que encontrar Cristo hoje, então procure uma Igreja que não se dá bem com o mundo. Procure por uma Igreja que é odiada pelo mundo como Cristo foi odiado pelo mundo. Procure pela Igreja que é acusada de estar desatualizada com os tempos modernos, como Nosso Senhor foi acusado de ser ignorante e nunca ter aprendido. Procure pela Igreja que os homens de hoje zombam e acusam de ser socialmente inferior, assim como zombaram de Nosso Senhor porque Ele veio de Nazaré. Procure pela Igreja, que é acusada de estar com o diabo, assim como Nosso Senhor foi acusado de estar possuído por Belzebu, príncipe dos demônios .
Procure a Igreja que em tempos de intolerância (contra a sã doutrina,) os homens dizem que deve ser destruída em nome de Deus, do mesmo modo que os que crucificaram Cristo julgavam estar prestando serviço a Deus.
Procure a Igreja que o mundo rejeita porque ela se proclama infalível, pois foi pela mesma razão que Pilatos rejeitou Cristo: por Ele ter se proclamado a si mesmo A VERDADE. Procure a Igreja que é rejeitada pelo mundo assim como Nosso Senhor foi rejeitado pelos homens. Procure a Igreja que em meio às confusões de opiniões conflitantes, seus membros a amam do mesmo modo como amam a Cristo e respeitem a sua voz como a voz do seu Fundador.
E então você começará a suspeitar que se essa Igreja é impopular com o espírito do mundo é porque ela não pertence a esse mundo e uma vez que pertence a outro mundo, ela será infinitamente amada e infinitamente odiada como foi o próprio Cristo. Pois só aquilo que é de origem divina pode ser infinitamente odiado e infinitamente amado. Portanto, essa Igreja é divina .”
Arcebispo Fulton J. Sheen, Radio Replies, Vol. 1, p IX, Rumble & Carty, Tan Publishing – Tradução: Gercione Lima
Fonte: http://fratresinunum.com/
terça-feira, 5 de agosto de 2014
7 grandes razões para se confessar amanhã mesmo (e sempre)
A confissão é um presente: aproveite já, aproveite muitas vezes e leve os seus filhos consigo!
4. Porque a confissão nos ajuda a nos conhecer.
Nós nos enxergamos, normalmente, de um jeito errado. A nossa opinião sobre nós mesmos é como uma série de espelhos distorcidos. Às vezes, vemos uma versão maravilhosa e imponente de nós mesmos. Às vezes, vemos uma versão grotesca.
A confissão nos obriga a olhar para as nossas vidas objetivamente, a separar os verdadeiros pecados dos sentimentos ruins e a nos vermos como realmente somos.
O papa Bento XVI afirmou: "A confissão nos ajuda a ter uma consciência mais alerta, mais aberta e, portanto, também nos ajuda a amadurecer espiritualmente e como pessoas humanas".
5. Porque a confissão ajuda as crianças.
As crianças também precisam se confessar. Alguns autores têm enfatizado os aspectos negativos da confissão na infância: segundo eles, a confissão as "forçaria a pensar em coisas que geram culpa".
Mas não precisa ser desse jeito.
Danielle Bean, da Catholic Digest, explicou certa vez que os seus irmãos e irmãs se confessavam e depois rasgavam o papel em que tinham escrito a confissão, jogando-o na lixeira da igreja. "Que libertação! Jogar os meus pecados de volta ao lixo de onde eles vieram! 'Bati na minha irmã seis vezes' e 'respondi quatro vezes para a minha mãe' não eram mais um fardo que eu tinha que carregar!".
A confissão pode ajudar as crianças a desabafar sem medo, a receber o aconselhamento gentil de um adulto quando elas estão preocupadas ou com medo de falar com os pais. Um bom exame de consciência pode orientar as crianças a pensar nas coisas apropriadas para confessar. Muitas famílias fazem da confissão um passeio seguido de um sorvete!
6. Porque confessar os pecados mortais é necessário.
O Catecismo diz que o pecado mortal não confessado nos exclui do Reino de Cristo e nos causa a morte eterna no inferno, porque a nossa liberdade tem o poder de fazer escolhas definitivas. A Igreja nos lembra reiteradamente que os católicos em pecado mortal não podem receber a comunhão sem antes se confessarem.
O pecado é mortal quando reúne simultaneamente três condições: matéria grave, pleno conhecimento e consentimento deliberado, explica o Catecismo.
Os pecados que implicam matéria grave incluem, por exemplo, o aborto e a eutanásia, qualquer atividade sexual extraconjugal, o roubo, a pornografia, a calúnia, o ódio, a inveja, a não participação da missa aos domingos e nos dias de preceito, entre outros.
7. Porque a confissão é um encontro pessoal com Cristo.
Na confissão, é Cristo quem nos cura e nos perdoa através do ministério do sacerdote. Temos um encontro pessoal com Cristo no confessionário. Assim como os pastores e os magos na gruta de Belém, nós encontramos reverência e humildade. E, assim como os santos na crucificação, nós encontramos gratidão, arrependimento e paz.
Não há maior realização na vida do que ajudar outra pessoa a voltar à confissão.
Temos que estar dispostos a falar da confissão do jeito que falamos de todos os outros eventos significativos da nossa vida. O comentário espontâneo "Não vou poder nesse horário porque vou me confessar" pode ser mais convincente do que um discurso teológico. E se a confissão é um evento significativo em nossas vidas, ela é também uma resposta apropriada para a pergunta "O que você vai fazer neste fim de semana?". Além disso, muitos de nós têm histórias engraçadas ou interessantes para compartilhar sobre a confissão: por que não contá-las com naturalidade aos amigos?
Ajude a tornar a confissão normal de novo! Ajude o máximo possível de pessoas a descobrir a beleza deste sacramento libertador!
fonte: Aleteia.org Autor: Tom Hoopes
No Instituto Gregoriano do Colégio Beneditino, nós consideramos que está na hora de os católicos promoverem imaginativa e vigorosamente a confissão. E não somos nós que estamos dizendo isso: "A renovação da Igreja na América depende da renovação da prática da penitência", disse-nos o papa Bento XVI no National Stadium, em Washington.
O papa João Paulo II passou os últimos anos da sua vida na terra pedindo que os católicos retornassem à confissão, inclusive mediante um documento “motu proprio” urgente e através da encíclica sobre a Eucaristia.
Ele chamou a crise na Igreja de “crise da confissão” e escreveu aos sacerdotes: "Sinto a necessidade premente de exortá-los, como fiz no ano passado, a redescobrir para si mesmos e ajudar os outros a redescobrirem a beleza do sacramento da reconciliação".
Por que toda essa importância dedicada à confissão?
Porque quando fugimos dela, nós perdemos o senso do pecado. E a perda do senso do pecado é a raiz de muitos males do nosso tempo, do abuso de crianças à desonestidade financeira, do aborto ao ateísmo.
Como, então, promover novamente a confissão?
Sugiro 7 motivos, tanto naturais quanto sobrenaturais, para voltarmos à confissão:
1. Porque o pecado impõe um fardo sobre as nossas costas.
Um terapeuta conta a história de um paciente que passava por um ciclo terrível de depressão e de repulsa por si mesmo desde o ensino médio. Nada parecia ajudá-lo. Um dia, o terapeuta encontrou o paciente na frente de uma igreja católica. Eles entraram na igreja porque tinha começado a chover e viram uma fila de pessoas indo ao confessionário.
"Será que eu não devia ir também?", perguntou o paciente, que tinha recebido o sacramento quando criança. "Não!", respondeu o terapeuta.
O paciente foi assim mesmo. Saiu do confessionário com seu primeiro sorriso em anos e começou um processo de melhora que se prolongou durante as semanas seguintes. O terapeuta começou a estudar mais sobre a confissão, se converteu ao catolicismo e hoje aconselha a confissão regular a todos os seus pacientes católicos.
O pecado nos leva à depressão porque não é apenas uma violação arbitrária de regras: é uma violação da finalidade proposta por Deus ao nosso próprio ser. A confissão elimina a culpa e a ansiedade causadas pelo pecado e nos traz a cura.
2. Porque o pecado nos vicia.
Aristóteles disse: "Nós somos o que fazemos repetidamente". O Catecismo diz: "O pecado cria uma propensão ao pecado". As pessoas não apenas mentem: elas se tornam mentirosas. Nós não apenas roubamos: nós nos tornamos ladrões. O pecado vicia. A ruptura com o pecado nos redefine, permitindo que iniciemos novos hábitos de virtude.
"Deus está determinado a libertar os seus filhos da escravidão e conduzi-los à liberdade", disse o papa Bento XVI. "E a escravidão pior e mais profunda é a do pecado".
3. Porque precisamos desabafar.
Se você quebra um objeto de grande valor afetivo pertencente a um amigo, você nunca ficará satisfeito só com o fato de sentir remorso. Você se sentiria obrigado a explicar a ele o que fez, expressar a sua tristeza e fazer o que for necessário para consertar o estrago.
Acontece o mesmo quando “quebramos” algo em nosso relacionamento com Deus. Precisamos dizer a Ele que sentimos muito e tentar corrigir o erro.
O papa Bento XVI nos lembra que nós temos que sentir a necessidade de confessar os nossos pecados, mesmo que eles não sejam graves. "Nós limpamos as nossas casas, os nossos quartos, pelo menos uma vez por semana, embora a sujeira seja sempre a mesma, para vivermos na limpeza, para começarmos de novo", disse ele. "Podemos dizer algo semelhante quanto à nossa alma".
O papa João Paulo II passou os últimos anos da sua vida na terra pedindo que os católicos retornassem à confissão, inclusive mediante um documento “motu proprio” urgente e através da encíclica sobre a Eucaristia.
Ele chamou a crise na Igreja de “crise da confissão” e escreveu aos sacerdotes: "Sinto a necessidade premente de exortá-los, como fiz no ano passado, a redescobrir para si mesmos e ajudar os outros a redescobrirem a beleza do sacramento da reconciliação".
Por que toda essa importância dedicada à confissão?
Porque quando fugimos dela, nós perdemos o senso do pecado. E a perda do senso do pecado é a raiz de muitos males do nosso tempo, do abuso de crianças à desonestidade financeira, do aborto ao ateísmo.
Como, então, promover novamente a confissão?
Sugiro 7 motivos, tanto naturais quanto sobrenaturais, para voltarmos à confissão:
1. Porque o pecado impõe um fardo sobre as nossas costas.
Um terapeuta conta a história de um paciente que passava por um ciclo terrível de depressão e de repulsa por si mesmo desde o ensino médio. Nada parecia ajudá-lo. Um dia, o terapeuta encontrou o paciente na frente de uma igreja católica. Eles entraram na igreja porque tinha começado a chover e viram uma fila de pessoas indo ao confessionário.
"Será que eu não devia ir também?", perguntou o paciente, que tinha recebido o sacramento quando criança. "Não!", respondeu o terapeuta.
O paciente foi assim mesmo. Saiu do confessionário com seu primeiro sorriso em anos e começou um processo de melhora que se prolongou durante as semanas seguintes. O terapeuta começou a estudar mais sobre a confissão, se converteu ao catolicismo e hoje aconselha a confissão regular a todos os seus pacientes católicos.
O pecado nos leva à depressão porque não é apenas uma violação arbitrária de regras: é uma violação da finalidade proposta por Deus ao nosso próprio ser. A confissão elimina a culpa e a ansiedade causadas pelo pecado e nos traz a cura.
2. Porque o pecado nos vicia.
Aristóteles disse: "Nós somos o que fazemos repetidamente". O Catecismo diz: "O pecado cria uma propensão ao pecado". As pessoas não apenas mentem: elas se tornam mentirosas. Nós não apenas roubamos: nós nos tornamos ladrões. O pecado vicia. A ruptura com o pecado nos redefine, permitindo que iniciemos novos hábitos de virtude.
"Deus está determinado a libertar os seus filhos da escravidão e conduzi-los à liberdade", disse o papa Bento XVI. "E a escravidão pior e mais profunda é a do pecado".
3. Porque precisamos desabafar.
Se você quebra um objeto de grande valor afetivo pertencente a um amigo, você nunca ficará satisfeito só com o fato de sentir remorso. Você se sentiria obrigado a explicar a ele o que fez, expressar a sua tristeza e fazer o que for necessário para consertar o estrago.
Acontece o mesmo quando “quebramos” algo em nosso relacionamento com Deus. Precisamos dizer a Ele que sentimos muito e tentar corrigir o erro.
O papa Bento XVI nos lembra que nós temos que sentir a necessidade de confessar os nossos pecados, mesmo que eles não sejam graves. "Nós limpamos as nossas casas, os nossos quartos, pelo menos uma vez por semana, embora a sujeira seja sempre a mesma, para vivermos na limpeza, para começarmos de novo", disse ele. "Podemos dizer algo semelhante quanto à nossa alma".
4. Porque a confissão nos ajuda a nos conhecer.
Nós nos enxergamos, normalmente, de um jeito errado. A nossa opinião sobre nós mesmos é como uma série de espelhos distorcidos. Às vezes, vemos uma versão maravilhosa e imponente de nós mesmos. Às vezes, vemos uma versão grotesca.
A confissão nos obriga a olhar para as nossas vidas objetivamente, a separar os verdadeiros pecados dos sentimentos ruins e a nos vermos como realmente somos.
O papa Bento XVI afirmou: "A confissão nos ajuda a ter uma consciência mais alerta, mais aberta e, portanto, também nos ajuda a amadurecer espiritualmente e como pessoas humanas".
5. Porque a confissão ajuda as crianças.
As crianças também precisam se confessar. Alguns autores têm enfatizado os aspectos negativos da confissão na infância: segundo eles, a confissão as "forçaria a pensar em coisas que geram culpa".
Mas não precisa ser desse jeito.
Danielle Bean, da Catholic Digest, explicou certa vez que os seus irmãos e irmãs se confessavam e depois rasgavam o papel em que tinham escrito a confissão, jogando-o na lixeira da igreja. "Que libertação! Jogar os meus pecados de volta ao lixo de onde eles vieram! 'Bati na minha irmã seis vezes' e 'respondi quatro vezes para a minha mãe' não eram mais um fardo que eu tinha que carregar!".
A confissão pode ajudar as crianças a desabafar sem medo, a receber o aconselhamento gentil de um adulto quando elas estão preocupadas ou com medo de falar com os pais. Um bom exame de consciência pode orientar as crianças a pensar nas coisas apropriadas para confessar. Muitas famílias fazem da confissão um passeio seguido de um sorvete!
6. Porque confessar os pecados mortais é necessário.
O Catecismo diz que o pecado mortal não confessado nos exclui do Reino de Cristo e nos causa a morte eterna no inferno, porque a nossa liberdade tem o poder de fazer escolhas definitivas. A Igreja nos lembra reiteradamente que os católicos em pecado mortal não podem receber a comunhão sem antes se confessarem.
O pecado é mortal quando reúne simultaneamente três condições: matéria grave, pleno conhecimento e consentimento deliberado, explica o Catecismo.
Os pecados que implicam matéria grave incluem, por exemplo, o aborto e a eutanásia, qualquer atividade sexual extraconjugal, o roubo, a pornografia, a calúnia, o ódio, a inveja, a não participação da missa aos domingos e nos dias de preceito, entre outros.
7. Porque a confissão é um encontro pessoal com Cristo.
Na confissão, é Cristo quem nos cura e nos perdoa através do ministério do sacerdote. Temos um encontro pessoal com Cristo no confessionário. Assim como os pastores e os magos na gruta de Belém, nós encontramos reverência e humildade. E, assim como os santos na crucificação, nós encontramos gratidão, arrependimento e paz.
Não há maior realização na vida do que ajudar outra pessoa a voltar à confissão.
Temos que estar dispostos a falar da confissão do jeito que falamos de todos os outros eventos significativos da nossa vida. O comentário espontâneo "Não vou poder nesse horário porque vou me confessar" pode ser mais convincente do que um discurso teológico. E se a confissão é um evento significativo em nossas vidas, ela é também uma resposta apropriada para a pergunta "O que você vai fazer neste fim de semana?". Além disso, muitos de nós têm histórias engraçadas ou interessantes para compartilhar sobre a confissão: por que não contá-las com naturalidade aos amigos?
Ajude a tornar a confissão normal de novo! Ajude o máximo possível de pessoas a descobrir a beleza deste sacramento libertador!
fonte: Aleteia.org Autor: Tom Hoopes
sábado, 2 de agosto de 2014
A minha conversão ao Catolicismo - Gabriel Campos
“A dificuldade em explicar ‘por que sou Católico’ é que há dez mil razões para isso, e todas se resumem uma núnica: o catolicismo é verdadeiro”. G.K. Chesterton
Nasci em uma família de longa e larga tradição Protestante. Os avós maternos do meu pai, meus bisavós, já eram integrantes de uma Igreja Baptista no início do séc. XX, e minha família, salvo algumas excepções, assim permanece até hoje (não tratarei aqui da peculiar condição dos Baptistas em relação aos protestantes históricos, prefiro igualá-los neste momento).
Por volta de 1981, quando eu tinha 15 anos, fui batizado na Igreja Baptista Calvário em Itapetinga. Vivi a minha fé protestante com paixão, leitura intensa da Bíblia, livros teológicos e de história da Igreja. Por algum tempo, pensei em tornar-me Pastor. Na verdade, em 1985, quando cheguei em Brasília com 19 anos, estudei num Seminário da Assembleia de Deus durante 1 ano.
Mas, sempre admirei a gostei da Igreja Católica. Li alguma coisa sobre a Igreja Católica, ainda em Itapetinga, e fui lendo ao longo do tempo. Assim, desenvolvi um sentimento duplo em relação à Igreja.
De um lado, admirava-a, pois enfrentou Roma, foi perseguida, sobreviveu à queda do Império, enfrentou e sobreviveu à Idade Média, guardou a cultura clássica, sobreviveu ao Renascimento, ao Iluminismo, à Revolução Francesa, sobreviveu a dois Cismas (o Cisma do Oriente em 1054 e a Reforma em 1517), conviveu e não se contaminou frente a duas Guerras Mundiais e segue no mundo do sec. XXI. E ainda assim, a Igreja mantém-se: una e íntegra, não obstante os percalços, os problemas, os erros dos seus integrantes. Indubitavelmente, é impossível acumular um mínimo de conhecimento e não admirar a Igreja Católica.
Mas de outro lado, eu tinha de ser anti-católico, com todas as opiniões, crenças, fantasias e desconhecimentos que os Protestantes têm em relação à Igreja e a sua doutrina. Sim, tinha de ser anti-católico, pois como Protestante eu tinha uma ideia caricata da Igreja Católica.
Acompanhei, como qualquer pessoa minimamente informada, o pontificado de João Paulo II e a sua enorme influência no final do séc. XX. Como um esquerdista que era na década de 1980, acompanhei o processo contra o então Frei Leonardo Boff, em torno de sua obra “Igreja, Carisma e Poder”. Nessa época conheci e aprendi a admirar a imponente figura do então Cardeal Joseph Ratzinger. Também acompanhei a agonia e o falecimento de João Paulo II, seguida do conclave e do papado de Bento XVI; a sua renúncia, e a chegada de Francisco.
Aqui, um parêntesis para falar da Rivanda. Em 1989, quando eu tinha 23 anos, e morava em Brasília, conheci uma moça de 19 anos que tinha acabado de se converter ao protestantismo: era a Rivanda. Como ela não resistiu aos meus encantos, resolvemos casar-nos, o que fizemos em 1990 numa Igreja Baptista. Daí nasceu o Ciro Brasil Campos, em 1992.
Algumas leituras e estudos mais recentes fizeram-me mudar por completo o pensamento. A leitura da história da Igreja, a leitura dos Padres da Igreja (Policarpo de Smirna, Inácio de Antioquia, Clemente de Roma, Ambrósio, Jerónimo, João Crisóstomo), além, claro, de Agostinho e Tomás de Aquino, à luz da Bíblia, fez-me ver que algo estava “complicado” com o Protestantismo.
Mas de um modo nostálgico, não queria abandonar Jan Hus, Wycliffe, Lutero, Calvino, Zwinglio, Melanchthon e os demais reformadores. Dessa forma, o que fiz foi o confronto do pensamento, da doutrina e da tradição católica, com o pensamento, doutrina e tradição protestante.
Nos últimos dois anos, já estava consciente de que tudo o que eu pensava sobre a Igreja Católica e o que os protestantes pensam da Igreja Católica é apenas uma caricatura, uma versão-espantalho. A Igreja é muito mais sublime, rica e cristã do que julgava a minha vã filosofia protestante.
Depois de muito pensar a respeito, orar e conversar com Rivanda, tomando sempre como referência a Bíblia, tomei a decisão de ir a uma Missa. Comprei um pequeno livro litúrgico para compreender cada acto da Missa e, no dia 15 de Setembro de 2013, fui então à igreja mais próxima de casa, a igreja de Nossa Senhora de Nazaré.
Fiquei absolutamente impressionado com a Missa e pela primeira vez cheguei à conclusão de que aquela era a Casa de Deus e era o meu lugar. Após a Missa, falei com o Padre Roberto Carlos Rambo (acreditem, Rambo é sobrenome de origem alemã, não tem nada a ver com o filme) sobre a minha crise e conversamos algumas vezes.
Interessante notar que nos encontros seguintes que tive com o Padre Rambo, ele jamais se portou como um proselitista, jamais estimulou a minha entrada na Igreja Católica, sempre foi um ouvinte, sempre me deixando à vontade.
Rivanda, no Domingo seguinte (22/09/2013), começou a ir à Missa comigo e mesmo com alguma relutância, passou a ler alguns textos católicos e o Catecismo. Não demorou muito tempo a convencer-se que jamais deveria ter saído da Igreja.
Actualmente, estamos na mesma Igreja. Rivanda deverá receber o sacramento da confissão no início de Janeiro e voltar à Barca de Pedro. Quanto a mim, preparo-me para o baptismo e primeira comunhão.
Como sempre li muito, ando devorando tudo o que encontro sobre o tema apaixonante da Igreja Católica... livros, sites, música, catecismo, história da Igreja... Lamento apenas ter demorado tanto tempo para tomar essa decisão.
As objecções protestantes à doutrina católica caíram em semanas, uma a uma, pois nada resiste à graça de Cristo e o entendimento da Tradição e do Magistério da Igreja.
Após esta minha conversão, ao pesquisar na internet, descobri que não estava sozinho. Em diversos países do mundo, em menor escala no Brasil, Pastores e líderes protestantes e muitos outros têm se convertido ao catolicismo. Scott Hahn, Marcus Brodi, Francis Beckwith, dentre outros tantos.
Aos meus amigos Protestantes, saibam que muito aprendi com todos vocês, e que as diferenças que agora se apresentam, não vão diminuir o apreço e a amizade que tenho por todos.
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Testemunho Ex-protestante: Rivanda Marcelino Brasil
Em outubro de 1970, eu, Rivanda Marcelino Brasil Campos, nasci numa família católica, simples, sem conhecimentos sobre a doutrina da Igreja, mas católica. Em fevereiro de 1972, com um ano e quatro meses de idade, fui batizada. Anos após, recebi o sacramento da Eucaristia e, algum tempo depois, ainda no início da adolescência, o sacramento do Crisma. Cresci sendo levada, aos domingos e demais dias santos, às Missas da Igreja Católica Apostólica Romana. E assim, continuei o hábito dos meus pais, frequentando às Missas. Aos dezessete anos de idade, passei a frequentar um grupo de jovens da renovação carismática da Igreja São José de Taguatinga Norte, cidade do Distrito Federal, próxima à capital Brasília. Mas eu estava sem amparo, ficando um tanto desmotivada e encarando a Missa como algo repetitivo e sem sentido. Não confessei isso a ninguém e, certamente, foi aí que eu errei. Jovem e sem o conhecimento firme da doutrina católica, acabei aceitando explicações vindas do protestantismo. Fui, sem meus pais saberem, a cultos em igrejas protestantes. E assim, acabei sucumbindo, sem procurar nenhuma resposta dentro da doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana para as dúvidas que me afligiam e aceitei, sem nenhuma avaliação, as “verdades” que o protestantismo me oferecia e que eu nem sabia que tinham por base a Sola Fide e a Sola Scriptura.
Aos dezoito anos, em 1989, conheci um jovem batista, ao voltar do trabalho para casa. Era o Gabriel Campos. Na mesma noite, acordei ao cair da cama e ter sonhado me casando com aquele rapaz que acabara de conhecer. Fiquei um tanto assustada com aquilo, mas não dei importância. Semanas depois e por acaso, tornamos a nos encontrar. Iniciamos um namoro, que desembocou num casamento, em maio de 1990, na Igreja Batista Alvorada de Taguatinga. Ressalto que não frequentávamos essa igreja, mas nos “casamos” lá, pois eu ainda estava a visitar várias igrejas protestantes. E assim ficamos durante muito tempo. Após um ano e sete meses, fiquei grávida e nosso filho nasceu oito meses depois. Tempos depois, passamos a frequentar a Igreja Batista Monte Horebe, na qual fui “batizada”. E lá estava eu com minhas novas dúvidas. Afinal, por que tinha de ser batizada novamente, se nunca deixara de crer em Jesus como meu Senhor e Salvador? Por que só a fé salva? E as obras? Na verdade, eu não me pronunciava, mas sempre considerei inaceitável ler na Epístola de São Tiago 2,24 que a justificação ocorre pelas obras e não somente pela fé e continuar dizendo que a salvação viria somente pela fé. O tempo foi passando, mudamos de residência e fomos frequentando outras igrejas protestantes. Nunca entendi o porquê de tantas divisões, mas também não me esforçava ou não queria, seriamente, buscar a resposta. Acabamos por frequentar cada vez menos e começamos a observar cada vez mais o fenômeno das divisões que não paravam e não param nas igrejas protestantes, a teologia da prosperidade e mais recentemente os grupos que abominam a reunião em igreja e o sacerdócio, mesmo possuindo estes um líder espiritual e um local para se reunirem. Mas guardávamos a crença protestante e ir para a Igreja Católica era algo, simplesmente, não cogitado.
Ocorre que Gabriel sempre gostou de ler diversos temas e a Igreja Católica Apostólica Romana era um destes. No início, leituras sem o intento de pesquisar, de buscar respostas para nossas dúvidas escondidas em algum recôndito da alma, mas essas mesmas leituras foram gerando questões, que por algum tempo foram deixadas de lado, mas como um rio mal represado, acabaram por inundar nossa alma e necessitavam de respostas honestas. Assim, Gabriel começou a dividir comigo suas dúvidas. Confesso que cada vez que ele me trazia uma informação ou uma dúvida, eu ouvia, mas não queria dar importância àquilo. Eu percebia que havia pertinência naquelas dúvidas e isso me preocupava. Num certo dia, ele apareceu com um livro chamado Todos os caminhos levam à Roma, escrito pelo ex-pastor calvinista Scott Hahn e sua esposa Kimberly. Eu não queria saber daquilo. Eu nunca havia ouvido falar de um protestante convertido à Igreja Católica! Por acaso, existiria explicação para a Igreja Católica Apostólica Romana? Mesmo que existisse, eu não queria tomar conhecimento. Eu queria, mesmo sem ter isso de forma clara, permanecer na minha ignorância. Mas a história de conversão daquele ex-pastor me parecia por demais interessante para que eu me negasse à leitura. Eu tinha que satisfazer minha curiosidade. Sinceramente, não esperava encontrar naquele livro nada que pudesse abalar minhas convicções protestantes sobre a Igreja Católica. Mas alguns trechos desse livro me fizeram pensar. E um desses trechos foi o seguinte: “Bom, doutor Gerstner, tanto protestantes como católicos estão de acordo em que Deus deve ter tornado infalível Pedro pelo menos em duas ocasiões: quando escreveu a Primeira e a Segunda Epístola de Pedro, por exemplo. Ora, se Deus o pode tornar infalível para ensinar com autoridade por escrito, porque é que não podia preservá-lo do erro ao ensinar com autoridade em pessoa? Do mesmo modo, se Deus pode fazer isso com Pedro e com os outros apóstolos que escreveram a Escritura, porque não podia fazer o mesmo com os seus sucessores, especialmente ao prever a anarquia a que se chegaria se não o fizesse? Por outro lado, como podemos estar seguros de que os vinte e sete livros do Novo Testamento são em si mesmos a infalível Palavra de Deus se foram Papas falíveis e concílios falíveis que nos deram essa lista?”
Naquele livro, vi, de certo modo, eu e Gabriel vivendo um momento semelhante. Obviamente que a bagagem de conhecimento do casal Hahn está a anos luz de distância da nossa. Estão muito adiante.
Em meados de setembro de 2013, Gabriel me convidou para irmos à Missa na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, uma igreja que fica a uns dez minutos de nossa casa, se formos de carro. Disse que não queria ir, mas não me incomodava que ele fosse lá matar sua curiosidade. Ele me perguntou, ao sair: E se eu me tornar católico, o que você fará? Na verdade, eu sabia que ele já estava convencido de suas descobertas, só queria confirmar suas certezas. Então respondi: Olha, você está com um pouco mais de sorte que o Scott Hahn, pois como já fui católica, não tenho toda aquela aversão que a Kimberly teve e que era totalmente compreensível considerando o passado dela. Vou respeitar sua decisão, quero que você se sinta bem com Jesus e com suas convicções, mas não quero ser pressionada e nem quero você tentando me convencer. Antes que entrasse no carro e se dirigisse à Igreja, perguntei a ele se não ficaria perdido durante a missa, pois não sabia as orações, quando ajoelhar, o que responder, e ele me disse que já havia lido um pequeno livro que explicava cada ato da missa. E assim, foi e voltou certo de que a Igreja Católica Apostólica Romana é a Igreja de Cristo. Na verdade, ele já estava convencido disto, após leituras dos primeiros padres da Igreja, aulas do Pe. Paulo Ricardo e escritos do Scott Hahn e do Papa Bento XVI, tudo em consonância com a Bíblia. Mas, mesmo assim, eu não esperava que ele tomasse essa decisão tão rápido. Eu estava com um certo medo. Eu não queria tomar conhecimento das respostas lógicas para a veneração e intercessão de Maria e de todos os santos, para a infalibilidade papal, para a formação do cânon da Bíblia e da própria Eucaristia e demais sacramentos. Ocorre que essas respostas me incomodavam, movimentavam algo dentro de mim, me causavam desconforto. Mas a cada dúvida, me era dada uma resposta, nos livros, nas aulas do Pe. Paulo Ricardo, no Catecismo da Igreja Católica, na sua tradição e na Bíblia. Eu poderia, simplesmente, não aceitar. E por muitas vezes, eu voltava a ler ou a assistir aos vídeos para verificar se não havia algum ponto falho, algo inaceitável, mas não encontrei. O fato é que as explicações se mostravam cada vez mais óbvias. Algumas pessoas devem ter concluído que meu retorno à Igreja Católica Apostólica Romana se deu por uma comodidade de acompanhar meu marido, mas não foi para agradá-lo que aceitei as explicações para minhas dúvidas, pois sempre respeitamos muito o momento um do outro. Vi que eram respostas verdadeiras e que eu não podia mais ignorá-las. Passei a acessar vários vídeos e textos do Pe. Paulo Ricardo (https://padrepauloricardo.org/). Fiquei tão sedenta, que acabei por fazer minha assinatura no site para acessar as aulas restritas aos assinantes. Em meados de janeiro de 2014, meu marido assumiu sua conversão aos amigos por meio do facebook, pois assim, não teria de ficar repetindo a mesma história. O mais difícil foi revelar à família dele, que tem longa tradição batista. Após o comunicado, percebemos o silêncio e também o distanciamento. Alguns conhecidos mais exaltados proferiram expressões grosseiras para nos descrever, outros deram gargalhadas, pois pensaram que estávamos contando uma piada. Fazer o quê? Vamos deixando nas mãos Deus.
Com minhas limitações, sigo lendo e ouvindo e aprendendo, cada vez mais, sobre a Igreja Católica Apostólica Romana. Aquela mesma Igreja, que Cristo deixou sob os cuidados de Pedro e sob a promessa de que as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Termino esse testemunho afirmando que Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra e em Jesus Cristo, seu Único Filho e nosso Senhor, que foi concebido pelo Poder do Espírito Santo. Nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu a mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, está sentado à direita de Deus Pai Todo- Poderoso, de onde há de vir e julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressureição da carne, na vida eterna. Amém.
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